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Shiguemitu Sato, em 1973 e 2020, periodo de atividade política em Cáceres e depois em Araputanga
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Antonio Costa, EXCLUSIVO ao Zakinews
SHIGUEMITU SATO
Pais: Shigeyoshi Sato e Yatiyo Sato
Sete irmãos: Yaeko Sato, Tieko, Shiguemitu Sato, Satie (In memoriam), Emiko. Júlio, Jorge Sato.
Data nascimento:10/08/1938
Natural de Jardinópolis – SP.
Profissão: agropecuarista (atualmente vereador)
Casado com Elizabeth Eiko Nakaghi Sato – natural de Jaboticabal -SP – Profissão: professora.
Filhos: Rodrigo Nakaghi Sato, Richard, Régis.
Netos: Henrique Bruno, Arthur, Heitor, Luiza, Caio.
Shiguemitu Sato (DEM), o vereador mais idoso em atividade em todo Mato Grosso, e, por conseguinte, aquele que é o detentor de sete mandatos, verdadeiro recorde na cidade de Araputanga, ganha as páginas do Zakinews para contar a sua bela trajetória de vida e prestes a completar 82 anos no próximo mês de agosto.
Paulista de Jardinópolis, ele morava com os pais em Ribeirão Preto – Santa Albertina, quando no ano de 1949, se mudaram para Barretos-SP; lá seu pai fundou a Arrozeira denominada Mecanização Barretos Ltda.
Na época Sato estudava no Colégio Francisco Barreto e fazia o colegial e Tiro de Guerra. Depois foi estudar o terceirão em Piracicaba vislumbrando ingressar na Faculdade de Agronomia de Piracicaba. Mas com a vinda do pai para Mato Grosso, teve que abandonar os estudos e mudar-se juntamente com a família.
As preciosas informações colhidas pela reportagem, foram repassadas pela esposa Elizabeth (Beth), uma espécie de secretária e assessora do homenageado. Ela se dedica acompanhar a trajetória do marido desde que o mesmo decidiu enveredar pela vida política, assessorando no dia a dia e contribuindo sobremaneira para que o esposo vereador, tenha tudo anotado, registrando assim a sua atuação parlamentar, o que facilitou bastante a entrevista.
A vinda para Mato Grosso
Recorda Beth, que segundo relatos do sogro Shigeyoshi Sato, em 1961, chegou a Cuiabá-MT, a convite do senhor Naomassa Uemura, seu amigo que morava em Guaíra, e vieram conhecer o município de Cáceres-MT. Gostou tanto que um ano depois, adquiriu terras do Sr. Nelson da Costa Marques, em 23 de maio de 1962, no lugar denominado Gleba Paixão, hoje, Araputanga.
Decidido a prosperar nas promissoras terras mato-grossenses, Shigeyoshi buscou a mudança e os familiares, além de maquinários e implementos para inaugurar o funcionamento de uma serraria tipo serra fita, a primeira do município de Cáceres.
Os nisseis que aqui chegaram lembram das dificuldades que foram imensas devido à falta de locomoção com a inexistência de estradas, as poucas que existiam eram muito precárias, também a falta de mão de obra especializada para o manejo adequado das madeiras, assim também com os meios de comunicação.
Os negócios não prosperaram inicialmente como haviam sonhado, e em função de empréstimos para aquisição e implementação da Serraria, consequentemente, as dívidas no Banco foram aumentando, forçando os familiares a venderem metade das terras (Lote Boa Fé) para saldar as dívidas. Sato lembra que a madeira existia em abundância, comprador também, mas não tinha como escoar o produto, daí a sua decepção inicial na nova morada.
O homenageado recorda que a imensidão e as riquezas das matas, atraiam as pessoas à época, que se apaixonavam pelas densas matas inexploradas, daí o nome inicialmente de Lote Paixão e posteriormente Gleba Paixão.
O nome Araputanga foi sugerido pelo pecuarista Nelson Costa Marques.
Novamente a professora aposentada Beth Sato, recorda que Shigeyoshi Sato (João Sato – in memoriam) e seu filho Shiguemitu Sato, conhecido como, José Sato, compraram 638 hectares e 8.800 metros quadrados de terras, conforme assento de 10 de setembro de 1.962, que situava-se precisamente no Lote Paixão.
A atual denominação do nome Araputanga, revela a professora, foi sugerida pelo Sr. Nelson da Costa Marques, numa referência a grande quantidade de mogno, também chamada de Araputanga, existente na região. Botanicamente, Araputanga é árvore classificada por Swietenia macrophilla.
Em 23 de maio de 1.963, a família Sato decidiu lotear o patrimônio, e assim foi vendido o primeiro lote urbano. Ao povoado deu-se o nome de Gleba Paixão que perdurou durante anos, substituindo o nome de Ituinópolis, conforme a referida localidade era conhecida.
A Rua 23 de Maio, a principal via pública da cidade de Araputanga. Nesse registro feito pelo fotógrafo Lenine Martins, acontecia uma reunião política com o governdador Frederico Campos
![]() Autoridades de Araputanga recebem o governador Frederico Campos para tratar da instalação do município, entre eles o deputado federal Júlio Campos. O dispositivo de autoridades ouve as palavras de Shiguemitu Sato pedindo apoio do governador e de todas as autoridades presentes para as obras que Araputanga precisaria naquele momento de instalação do novo município |
Famílias praticavam o escambo
Shiguemitu Sato recorda que no ano de 1962, ao chegarem ao povoado, depois de uma semana de muitas peripécias, do interior paulista ao interior deste estado, encontraram em torno de 68 pessoas e 10 famílias que habitavam o pequeno, mas promissor povoado.
“Éramos um grupo de pessoas com uma convivência harmoniosa, pois todos se conheciam, não existia roubo e a quantidade de alimento produzido no lugar era suficiente para atender as demandas. A terra era boa e tinha muita fartura, criávamos galinhas e porcos, já produzíamos o café e o milho”, lembra num misto de saudade e inesquecíveis lembranças da antiga Gleba Paixão.
Sato, revela que os moradores da localidade almejavam mesmo, construir uma cidade. “Trabalhávamos juntos, era um lugar saudável. A vida desenvolvia-se em ritmo lento, pois tudo dependia do extrativismo vegetal e da agricultura. Também a localidade era servida apenas por uma única estrada, que ligava a Gleba à região de Tabuleta com trecho de 42 quilômetros”.
Tabuleta – continua ele em suas explicações – ainda distanciava 70 quilômetros de Cáceres. E tudo dependia de Cáceres, e na época da chuva ficava intransitável. Colhiam mantimentos e não vendiam por falta de locomoção, a saída era fazer o escambo. Mas a maior dificuldade mesmo, segundo ele afirma, é que naquele tempo não havia recurso médico.
Obrigatoriamente as famílias mantinham uma espécie de pequena farmácia caseira com medicamentos de primeira urgência, tipo: penicilina, iodo e seringa para uma tentativa de socorro em eventual doença. Caso a situação complicasse a saída encontrada era mesmo ter que buscar socorro médico nas localidades distantes, a exemplo da Tabuleta, Porto Esperidião ou Cáceres.
Há 50 anos acontecia a festa inaugural da estrada Araputanga-Cáceres
Aos poucos os pioneiros da hoje próspera Araputanga, passaram a experimentar uma melhor condição de vida bem diferente daquela que encontraram assim que chegaram para povoar e desbravar a farta e rica região.
Sato e familiares recordam que em 29 de maio de 1970 foi ligada a Estrada Estadual de Araputanga à Cáceres no Governo de José Fragelli.
Na festa de inauguração o povo comemorou com um churrasco na atual residência do Sato. Segundo ele foi um grande acontecimento e todos colaboraram com doações e trabalho. Compareceram aproximadamente 2.000 pessoas. Mataram 16 vacas, 52 leitoas e 100 galinhas.
Passou então, Araputanga a ter múltiplas ligações de estradas, libertando a região que necessitava desta via de comunicação tão esperada e que veio impulsionar o desenvolvimento de toda a extensa área que vinha sendo ocupada gradativamente.
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Vida pública começou em Cáceres no ano de 1972
Até a década dos anos 70, Cáceres tinha uma extensa área territorial. Só para ter ideia, hoje as cidades de Mirassol D´Oeste, São José dos Quatro Marcos, Araputanga, Reserva do Cabaçal, Curvelândia, Lambari D´Oeste, Rio Branco, Salto do Céu, Porto Esperidião, Glória D´Oeste, Lambari D´Oeste, Figueirópolis D´Oeste e Jauru, que até então eram chamadas de “glebas”, faziam parte do município de Cáceres.
Nesse período, o filho da pequena Jardinópolis no interior de São Paulo, decidiu atuar na vida pública pois vislumbrava que através da política teria melhores oportunidades de ajudar às famílias de seu povoado, buscando melhorias que viessem assegurar melhor condição de vida a todos.
Nas eleições de 1972, Shiguemitu Sato foi eleito vereador pela ARENA, representando a região da Gleba Paixão/Araputanga, começando uma carreira política que já dura 48 anos de trabalhos prestados. Pelo visto tomou gosto em poder representar o povo e poder lutar por este mesmo povo que lhe deu a outorga de representa-lo no parlamento municipal.
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Akio Kishi
Momento em que Shiguemitu Sato fez o Juramento na posse de vereador por Cáceres, em 31 de janeiro de 1973, no Plenário da Câmara Municipal de Cáceres. Ao seu lado direito, o vereador Leocídio Pereira Benevides.
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A posse do primeiro mandato parlamentar de Sato foi no dia 31 de janeiro de 1973 para mandato de 4 anos, até 31 de janeiro de 1977. Naquela época, o vereador não recebia proventos. Fazia o trabalho por amor à sua comunidade, as despesas de locomoção e estadia para a cidade sede do legislativo, eram mantidas do próprio bolso.
Ele fez parte da 8ª Legislatura da Câmara Municipal de Cáceres, e tinha como colegas José Souto Faria (Zefão), Hênio Maldonado, Paulo Henrique de Oliveira, Aldo Ribeiro Borges, Alvino Vieira de Souza, Antonio Alvarez, João Pinheiro da Silva, Joaquim José de Matos, José Tavares de Menezes, Leocídio Pereira Benevides, Osvaldo Batista e Rizio Pires Dantas.
Akio Kish![]() Alguns dos vereadores de Cáceres da 8ª Legislatura com autoridades presentes na solenidade de Posse dos Vereadores. Em pé, estão: Renato Widal Garcia, Promotor Renato Monteiro da Costa, vereador e eleito presidente da Câmara, José Souto Faria, Ten.PM Oliveira e José Ferreira Souto. Sentados, da esquerda para direita, os vereadores: Paulo Henrique de Oliveira, Shiguemitu Sato, Eurico Cardoso de Araújo, Alvino Vieira de Souza, Antonio Alvares e Rízio Pires Dantas. |
Nos anais do Legislativo Cacerense, registra que Shiguemitu Sato integrou a primeira Mesa Diretora, como 2º Secretário, e os demais integrantes, sendo: Presidente, José Souto Faria; Vice-Presidente, Paulo Henrique de Oliveira; e 1º. Secretário, Antonio Alvarez.
De vereador em Cáceres para prefeito, vice e vereador em Araputanga
Após o mandato de vereador em Cáceres, Shiguemitu Sato deu uma interrupção na vida pública em razão da Gleba Paixão ter sido anexada dentro do território do recém instalado município de Mirassol D´Oeste em 1º de fevereiro de 1977 e no final do mesmo ano, se tornou distrito de Mirassol com o nome de Distrito de Araputanga.
Como integrante de Mirassol, a duração como distrito foi de apenas dois anos, pois a Lei Estadual nº 4.153, criou o município de Araputanga em 14 de dezembro de 1979.
Júlio José de Campos, vereador de Mirassol D´Oeste, Aristides da Silva, Rízio Pires Dantas, vereador Dirceu Peres Ribeiro, governador Frederico Campos, Shiguemitu Sato, José Benedito Canellas e outro vereador de Mirassol, representante do, então distrito de Glória D´Oeste. Esta foto foi registrada antes da instalação do recém criado município de Araputanga
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Até que se estruturasse, Araputanga ficou mais de um ano para que o primeiro prefeito assumisse. Nesse intervalo o novo município manteve ligações políticas e econômicas com Mirassol D’Oeste e os vereadores Aristides da Silva e Dirceu Ribeiro, representantes de Araputanga, juntos à Câmara de Mirassol D’Oeste auxiliavam a população.
O primeiro administrador municipal veio através de indicação política do então governador Frederico Campos. O escolhido foi o Sr. Romeu Furlan, que comandou a prefeitura no período de 1980 a 1982.
Shiguemitu Sato entrou na disputa na primeira eleição do município no ano de 1981 para o cargo de prefeito. Perdeu o pleito para Delci Garcia dos Santos que governou Araputanga por seis anos, de 1982 a 1988.
O prefeito Shiguemitu Sato, em audiência com o governador Jaime Campos, acompanhado do deputado Ninomiya Miguel, no Palácio Paiaguás, sempre cobrando do Estado a participação nos projetos para Araputanga e muitos foram atendidos
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A vontade de ser prefeito de Araputanga não durou muito tempo. Na eleição seguinte, no pleito de 1988, Sato venceu às eleições e conquistou a prefeitura, se tornando o segundo prefeito da história de Araputanga. Administrou o município no período de 1º de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1992.
Com o encerramento da gestão de prefeito, Sato ficou fora da vida pública na legislatura seguinte, mas, sua esposa, a professora Elizabeth Sato foi eleita vice-prefeita de Airton Rondina, o Português, no período de 1º de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2000.
Na sequência ocupou a vereança do mesmo município, de 1º de janeiro de 2001 a 31 de dezembro de 2004; foi vice-prefeito de Araputanga no período de 2005 a 2008; retornou à Câmara de Araputanga para os mandatos seguintes, de 2009 a 2012; entre 2013 a 2016; e está exercendo a atual legislatura, de 2017 até 2020.
Somando os cargos ocupados entre a prefeitura, vice-prefeito e vereador por Cáceres e Araputanga, Shiguemitu está no sétimo mandato eletivo e apto para concorrer ao oitavo pleito eleitoral, o que certamente o colocaria em novo recorde no cenário político estadual, como o vereador mais velho em atividade. Segundo informações, Sato, mesmo aos 82 anos, deverá disputar a reeleição em outubro próximo se tiver apoio da família.
Dedicação total à Araputanga
Ao longo dos anos dedicados à vida pública, mas precisamente ao município que escolheu para fixar suas raízes e constituir sua família, o vereador Sato sempre procurou ajudar visando uma melhor qualidade de vida da população e desenvolvimento do município. Com isso valorizando os direitos individuais e estimulando a sustentabilidade, para que Araputanga possa se transformar em um local de empreendedorismo e da tecnologia.
Recorda de outros pioneiros, que no ano de 1.962, chegaram: as famílias Mamedes, Pimenta, Sato, Tavares, Horácio, Chiquinho Tatu, Benedito Sardinha e outras. Uns ainda estão radicados no município outros mudaram e deixaram os seus descendentes, também aqueles que faleceram. Todos foram fundamentais para ajudar no progresso de Araputanga, que de um sonho se transformou em uma realidade.
A esposa Beth não gostava de política
A princípio, a máxima “ao lado de um grande homem, está uma grande mulher”, não surtia o efeito necessário na vida do casal, principalmente com a decisão de Shiguemitu Sato em se candidatar a um cargo público. A mulher Elizabeth revela:
“Quando o conheci na década de 70, eu dizia a ele que não gostava de política (fui criada em uma família tradicional de origem japonesa e não participávamos de nada, a não ser trabalhar, estudar e eventos sociais na Associação Nipo Brasileira de Jaboticabal – SP). E somente quando ele foi eleito é que me disse: que o objetivo de participar na política seria exclusivamente para o desenvolvimento de Araputanga, pois, sem envolvimento político nada se consegue para a região, sua voz é mais uma na multidão, tem que atuar e se fazer presente”.
Hoje ela reconhece a decisão acertada do marido e afirma que ele sempre se preocupou muito com o Desenvolvimento de Araputanga e região, principalmente em relação a Educação, Saúde, Esporte, Social, Industrial e outros setores. Faz isso tudo com muita dedicação e carinho. Reconhece que “tudo que existe hoje no que diz respeito ao desenvolvimento de Araputanga, de uma forma direta ou indireta, tem a sua participação”, diz dona Beth.
O Sato, na visão de Beth
Perguntado para a esposa Beth, a visão dela em relação ao político Sato, ela respondeu: “É uma pessoa do bem, um político moderado e conciliador. Ético, honesto, temente à Deus, respeitoso com a família e com todos. Luta pelos anseios da população incansavelmente, tanto nos bons e maus momentos. Dá respostas a todos de seus trabalhos e projetos, que não abandona suas bases e justifica o salário e benesses que ganha sendo funcionário do povo. Admiro sua capacidade de colocar o interesse público acima dos seus próprios interesses”.
Em outras palavras, de forma mais objetiva, Beth Sato diz que “a maior característica do Sato é ser verdadeiro. Ele ama o que faz. Com sua sinceridade, parceria e transparência, tem ajudado muito Araputanga”.
O atual prefeito de Araputanga, Joel Marins de Carvalho, aproveita para enviar uma mensagem ao amigo vereador, que ele considera como um pai. "É um desbravador, lembra que veio com a família no ano de 1961 para o hoje município de Araputanga", reconhece.
Marins diz anda que, "conheço o homem público Shiguemitu Sato pela sua maneira sincera, transparente e dedicada como conduz os seus trabalhos em prol do município. Eu lembro que no ano 2000 era o secretário de Obras, e Sato estava como vice-prefeito. “Foi um grande colaborador e como prefeito então, teve muita vontade de trabalhar pelo município”, disse. "Hoje ele tem o nosso reconhecimento e consideração. Agradeço ao Satinho pela parceria. Como vereador, ele fiscaliza, atua no social e nos ajuda muito pela forma sincera e transparente de trabalhar, finaliza o prefeito Joel.
O ex-prefeito e ex-deputado estadual, Airton Rondina, o Português, também manifestou para a reportagem do Zakinews, a sua admiração pelo político Sato. "É um grande amigo acima de tudo. Uma pessoa humilde, que faz do seu mandato político, para ajudar as pessoas e a sua cidade. Sou muito grato por ter ele como amigo".
O vereador Sato sendo homenageado pela União das Câmaras Municipais de Mato Grosso, como o vereador mais idoso em atividade
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Consciência tranquila
Bastante consciente, apesar de mais de oito décadas de vida e ainda atuando firme no Legislativo de Araputanga, Sato faz uma autoanálise de sua atuação. “Ninguém é perfeito e consequentemente não agrada a todos. Sempre alguma coisa fica a desejar. Mas quando lembro do que éramos e o que somos hoje, acredito que os resultados são positivos e como parlamentar acredito que tenho cumprido minha missão junto à comunidade” avalia.
Ele considera que sua atuação política foi benéfica para o desenvolvimento de Araputanga. Tem a consciência tranquila, porque tentou e ainda tenta fazer o melhor para o seu município. Ele recordou para a reportagem do Zakinews, as dificuldades que tinha o povo da Gleba Paixão há 50 anos atrás, sendo o primeiro representante do Poder Legislativo na década de 70, da Gleba Paixão.
“Na época não recebíamos nenhuma remuneração, as dificuldades eram imensas. No que tange a locomoção, não tínhamos estradas, nem meios de comunicação. Na época da chuva, gastávamos até uma semana para ir à Cáceres. Íamos à cavalo, de bicicleta até a Tabuleta e depois pegávamos carona nos caminhões de tora e ainda tínhamos que pagar hotel e alimentação. Estávamos iniciando e aprendendo as atividades políticas”, relembra.
“Quando assumi a Prefeitura em 1989 – prossegue – foi muito difícil e desgastante; além das condições de falta de estrutura física, dívidas com fornecedores, folhas de pagamento atrasadas, máquinas e equipamentos sem as mínimas condições de uso e governo de oposição durante dois anos. As dificuldades aumentaram; caminhamos devagar, a passos de tartaruga e lutando para colocar a casa em ordem”, relata Sato.
Segundo ele, após os primeiros dois anos, apareceu uma luz no final do túnel, com a eleição do governador Jayme Campos. “Nesse governo, conseguimos alavancar diversos recursos para construções e ampliações de várias obras. No final do mandato em 1992 tivemos a recessão econômica do Plano Cruzado e as coisas voltaram a complicar. E no encerramento tivemos alguma pendencias econômicas também”, conta Shiguemitu.
Sato feliz
Ao finalizar, Shiguemitu Sato, o primeiro político da região Oeste a ganhar as páginas do Zakinews para uma reveladora e emocionante entrevista, deixa sua mensagem final e de agradecimento.
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Foto: Folha de Araputanga
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“Nesses 58 anos que resido em Araputanga o meu maior orgulho é de satisfação e realização, por ter um povo acolhedor com espírito de cooperação e doação. Todo nosso sucesso é fruto de um trabalho em equipe, uma conquista coletiva, porque pudemos perceber o quanto cada um se dedicou e deu o seu melhor para que os nossos sonhos fossem transformados em realidade”.
“Minha gratidão à Deus, à minha família, aos amigos e munícipes, na pessoa do Monsenhor Celso Duca, pelas conquistas que alcançamos e por todas as dificuldades que superamos. A tudo que me foi possível ser e realizar para torná-la uma cidade cada vez mais justa e boa para todos nós araputanguenses.
Em 2019, o Legislativo Cacerense na gestão atual da Mesa Diretora, sob a presidência do vereador Rubens Macedo, prestou homenagens aos ex-vereadores de Cáceres ao longo das Legislaturas, Shiguemitu Sato está entre eles
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Registramos algumas ações executadas em prol de Araputanga
Na condição de prefeito e de vereador, Shiguemitu Sato, ao longo da vida pública, elenca as principais iniciativas por ele efetivadas e que resultaram em melhorias substanciais para o município.
1970- Criou o primeiro time de futebol – Esporte Club de Araputanga juntamente com seus colegas:
1971 – Inaugurou a Escola Rural Mista da Gleba Paixão- com a participação da Associação de Pais e Amigos de Araputanga.
1972 – Doou uma área de quase 800mts para construção do Aeroporto Municipal de Araputanga.
1975- Doou a área para construção da Escola João Sato.
1978 – Doou um lote no centro da cidade para a instalação do primeiro Banco particular – Banco Bradesco
1979 – Doação de uma quadra para a construção da Escola Estadual Dr. Joaquim Augusto da Costa Marques.
1975 – Juntamente com o Padre Celso, ajudou na fundação da Cooperativa do Noroeste, que passou a coletar leite de toda a região e industrializá-lo.
1986 – Doação de um terreno para a instalação da Vila Manati, onde moravam os diretores, engenheiros e funcionários das Mineradoras: Cabaçal e Manati.
1988- Doação de 5,6157 has em 02/08/1988 -COHAB – MT para a construção de casas populares.
De 1989 a 1992 – Gestão como Prefeito: Implantação de Creches, Escolas e Grupos de Convivência dos Idosos; Atendimento a Crianças e Adolescentes em situação de risco; Valorização da Mulher Rural; melhoria e ampliação dos Postos de Saúde, Instalação de um posto do INSS; Construção de estradas e pontes, tanto na área urbana, quanto na área rural.
1989 – maio /5º ENCONTRO DE EDUCADORES DO POLONOROESTE- 16 municípios da faixa de fronteira, cujo objetivo tratar da Capacitação de professores leigos das Redes Municipais e Estaduais no período de férias, tendo sede em Araputanga, através das parcerias: Prefeituras, CEMER, SESU E CODAE com total de 80 professores.
1989 – Doação da área para Implantação do Fórum da Comarca;
-criação e implantação da APAE-ARA.
-Construção de Campo de Futebol,
-Construção da Praça Central.
-Doações e contribuição para instalações de todos Órgãos Públicos e Privados, Cooperativa, Igrejas, FCARP, Frigorífico, Fórum, Delegacia, Sicredi e outros.
– Implantação do Projeto COBEMTA, através da parceria com a FUNABEM- atendimento e acompanhamento de menores aprendizes em situação de risco.
Aquisição Vaca Mecânica, Montagem de uma Marcenaria e Carpintaria, Auxilio de uma bolsa no valor de meio salário. Campanhas do Agasalho e cobertores e doação de cestas básicas no Natal.
1992 – Construção da Escola Municipal Evaristo Costa, Creche Morada dos Pequeninos, Creche Flor de Romã em parceria com a Maçonaria.
1992-23/05 – Na condição de prefeito inaugurou a Praça Romeu Furlan. Construída com recursos próprios e terreno doado pela família Sato.
1992- 23/05 – Inauguração da Agencia do Banco do Brasil
1992-23/05 – Inauguração da Escola Municipal de 1ª Grau do Jardim Primavera (atual Nossa Senhora de Fátima).
1992-23/05 – Inauguração da Creche Morada dos Pequeninos.
1992-23/05 – Inauguração do posto da TELEMAT. Prefeitura, governo do Estado;
1992-23/05 – Inauguração do Campo de Futebol;
Ampliação do Sistema de Abastecimento de água, através da SANEMAT. construído com Recursos SANEMAT e Prefeitura.
ABAIXO, ALGUNS REGISTROS DA VIDA POLÍTICA DE SHIGUEMITU SATO
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As fotografias da Posse dos Vereadores, em 1973, são de autoria do fotógrafo Akio Kishi
Da esquerda para direita, vereadores: Dr. Hênio Maldonado, Aldo Borges, Shiguemitu Sato, Osvaldo Batistta e Leocídio Pereira Benevides
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Sato, Osvaldo Batista e Leocídio Benevides
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Vereador eleito Shiguemitu Sato conversando com o advogado cacerense Ladislau Ramos, durante solenidade de Posse em 1973
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Em pé, da esq. p/ dir.: Ovidil Marques Garcia, Antonio Alvarez, Renato Widal Garcia, Promotor Renato Monteiro da Costa, ?, ?, ?, José Souto Faria, Rizio Pires Dantas, Eurico Cardoso de Araújo, Natalino Ferreira Mendes, Ten. PM Oliveira, ?, João Ferreira Souto, Paulo Henrique de Oliveira, ?, Hênio Maldonado e ?. Sentados, trê garotos, Shiguemitu Sato, ?, ?, Rachid Salomão, ?, Cássio Fares, ?.<
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