Poesia, História e Identidade

Odair José da Silva celebra os 247 anos de Cáceres em lançamento literário

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Às vésperas de completar 247 anos de fundação no próximo dia 06 de outubro, Cáceres vive um momento de celebração e reflexão sobre sua rica história. E foi nesse contexto, no último dia 02, que o lançamento do livro “A Câmara Municipal de Vila Maria do Paraguai”, da historiadora e doutora Maria de Lourdes Fanaia, tornou-se um palco especial para a exaltação da identidade local. O evento foi grandiosamente abrilhantado pela presença e pela voz marcante do poeta Odair José da Silva, que emocionou a todos com a declamação de seu poema “Cáceres, nascida Vila Maria”, uma verdadeira homenagem a este importante aniversário da cidade.

Nascido na própria Cáceres, Mato Grosso, em 13 de novembro de 1973, Odair José da Silva é uma figura profundamente engajada com sua cidade. Com graduação em História pela UNEMAT – Universidade do Estado de Mato Grosso, ele não apenas leciona História e Filosofia na Rede Particular de Ensino, mas também atua como profissional técnico do Ensino Superior desde 2005 na UNEMAT, Campus Jane Vanini, onde exerce a função de secretário do Curso de Pedagogia.

Mais do que seus títulos acadêmicos e profissionais, Odair é, antes de tudo, um poeta e escritor cacerense com uma impressionante marca de 10 livros publicados, abrangendo poesia e prosa. Entre suas obras mais conhecidas estão “Pensamentos Poéticos”, que mergulha no vasto universo das emoções humanas, e “Pequenas Histórias, Grandes Emoções”. Sua forte conexão com a cidade e as margens do Rio Paraguai lhe rendeu o carinhoso e apropriado apelido de “Poeta Cacerense”. Para ele, a escrita é um poderoso meio de expressar sentimentos, ideias e incertezas, garantindo que um registro de sua percepção do mundo seja deixado para a posteridade.

A participação de Odair na solenidade de lançamento do livro de Maria de Lourdes Fanaia foi um dos pontos altos da noite. Com a voz carregada de afeto por sua terra natal, ele recitou “Cáceres, nascida Vila Maria”, um poema que capta a essência da cidade, desde sua fundação como Vila Maria até sua evolução vibrante. Os versos ressoaram com o público, que pôde sentir a pulsação da história e da identidade cacerense em cada estrofe. Essa poesia, em particular, ganha um significado ainda mais profundo ao se alinhar com a celebração dos 247 anos de Cáceres, tornando-se uma declaração de amor e orgulho em um momento tão especial para o município.

A performance de Odair José da Silva não apenas destacou seu talento inegável, mas também sublinhou a riqueza cultural de Cáceres e o papel vital que artistas como ele desempenham na preservação e celebração da identidade local. Seu poema, uma ode aos 247 anos da cidade, é um testemunho lírico do orgulho e amor que ele nutre por este pedaço do Brasil, um presente poético para sua amada terra.

Cáceres, nascida Vila Maria

Nas margens do Rio Paraguai, Cáceres repousa serena,
Uma cidade encantadora, bela e nem tão amena.
Nascida como Vila Maria, cresceu com esplendor,
No coração de Mato Grosso, um tesouro de valor. 

Às margens do rio que serpenteia com tanto vigor,
Cáceres se ergue, majestosa e cheia de amor.
Seu povo acolhedor, de sorriso a brilhar,
É a essência dessa terra, a sua luz a irradiar. 

Na Praça Barão, o centro da vida e da paz,
Histórias se entrelaçam, num cenário audaz.
A Catedral se eleva, apontando aos céus de resplendor,
Como um farol de fé, onde a alma sente o amor. 

Fronteira de horizontes, laços culturais,
Cáceres é o encontro de povos, sem rivais.
Mistura de culturas, cores e sabores,
Nessa terra, o amor transcende, é um compor de amores. 

E assim, Cáceres floresce, orgulhosa e forte,
No coração do Brasil, em sua própria sorte.
Oh, cidade querida, és um presente a brilhar,
Cáceres, és tesouro, és pérola desse lugar. 

 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense
Em homenagem aos 247 anos de Cáceres

3 respostas

  1. Lindo este poema que enaltece a cidade de Cáceres. Não nasci em Cáceres, mais aqui já vivi a maior parte da minha vida. Sou uma cidadã cacerense de coração. Amo esta cidade. Aqui conclui o Ensino Básico e comecei a trabalhar, foram 39 nove anos dedicados com muito amor ao Ensino Básico e Superior . Aqui criei e formei meus filhos , agora já na gera dos netos. Obrigado Cáceres por ter me recebido aqui desde o início dos anos 70. Me recordo da festa de seu bicentenário. Eu trabalhava no CEOM e confeccionamos o maior bolo de aniversário de Cáceres . O bolo foi transportado no desfile em cima de uma carreta de trator aberta, O bolo retratava uma miniatura da Praça Barão do Rio Branco . Parabéns Cáceres que Deus te abençoe e conceda paz para seu povo.

  2. Parabéns Malu e Odair, parabéns Cáceres por essas personagens que nos orgulham por sua dedicação à história de Cáceres

  3. Nobreza literária de nossa geração, Confrade Odair – Poeta Cacerense. lanço mão do recorte da “Carta a um poeta” do poeta luso Fernando Pessoa:
    A sua sensibilidade dói-me. Por certo que outrora nos encontrámos e entre sombras de alamedas dissemos um ao outro em segredo o nosso comum horror à Realidade. (…). Nós andámos longas horas pela quinta. Como nos tinham tirado as coisas onde púnhamos os nossos sonhos, pusemo-nos a falar delas para as ficarmos tendo outra vez. E assim tornaram a nós, em sua plena e esplêndida realidade — que paga de seda para os nossos sacrifícios! (…). As flores tinham a sua cor e o seu perfume de soslaio para a nossa atenção. O espaço todo estava levemente inclinado, como se Deus, por uma astúcia de brincadeira, o tivesse levantado do lado das almas; e nós sofríamos a instabilidade do jogo divino como crianças que apreciam as partidas que lhes fazem, porque são mostras de afeição. (…) Perdoe-me que lhe escreva assim… A Vida, afinal, vale a pena que se lhe diga isto. Deus escuta-me talvez, mas de si ouve, como todos que escutam. A tragédia foi esta, mas não houve dramaturgo que a escrevesse…
    Minhas reverencias a ti Poeta Cacerense.

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