É com grande preocupação e um senso de urgência que me dirijo à população e também às autoridades competentes deste município (a qual me incluo) e do Estado para abordar um tema de extrema relevância para nossa cidade e patrimônio cultural: a alarmante situação do Centro Histórico de Cáceres.
Nosso Centro, que em tempos passados foi uma área vibrante e cheia de vida, enfrenta hoje desafios que ameaçam não só sua estrutura física, mas também a essência de nossa região. As ruas, que antes ressoavam com as vozes de gerações, agora sussurram histórias de abandono e esquecimento. Cada tijolo, janela e portal ornamentado carrega consigo séculos de memórias e aspirações dos nossos antepassados, mas estão se deteriorando bem diante de nossos olhos.
As famílias tradicionais, verdadeiras guardiãs de nossa história viva, estão se distanciando, levando consigo narrativas e tradições que enriquecem o tecido de nossa sociedade. Questões de herança não resolvidas deixam imóveis abandonados, transformando o que deveria ser nosso orgulho em símbolos silenciosos de negligência.
Dentro da área que delimita nosso Centro Histórico, encontramos um mosaico de realidades que refletem tanto a grandiosidade do passado quanto os desafios do presente. Assim como em Cuiabá, onde casarões e outros imóveis antigos carregam suas próprias histórias e enfrentam a necessidade de conservação, nosso patrimônio também demanda preservação. Essa diversidade representa uma oportunidade única para uma revitalização que valorize nossa história sem deixar de olhar para o futuro.
Cáceres possui mais de 40 imóveis, na maioria, de estilo colonial, necessitando recuperação. Esses prédios contam a história local e merecem não só preservação, mas uma restauração cuidadosa que honre sua importância histórica e arquitetônica. No entanto, reconhecemos que alguns imóveis atingiram um estado de degradação avançada, tornando inviável economicamente sua revitalização.
Recentemente, com a transferência da agência do Banco do Brasil do centro para outro local, a queda na circulação de pedestres e veículos tornou-se evidente, impactando diretamente os comércios da região. A situação pode se agravar ainda mais caso se concretize a mudança do Poder Legislativo para o Centro Operacional de Cáceres (COC), ao lado da prefeitura, como desejam alguns vereadores. Isso deixaria mais um casarão de mais de 130 anos no esquecimento, isolaria ainda mais o Centro Histórico e representaria uma perda irreparável para nossa herança cultural.
Esperamos que essa ideia permaneça apenas no passado e que os parlamentares busquem alternativas que impulsionem o desenvolvimento da cidade como um todo. Cáceres não é uma cidade qualquer. Em outubro de 2024, celebramos com orgulho 246 anos de fundação e, em breve, estaremos diante de um marco extraordinário: os 250 anos de história. Poucas cidades no Brasil podem se orgulhar de carregar dois séculos e meio de cultura, tradições e memórias tão ricas e diversas. Cáceres é um verdadeiro livro vivo, onde passado e presente se entrelaçam de forma única.
Possuímos o Marco do Jauru, um monumento que completou 270 anos e que simboliza a antiga divisa territorial entre os impérios de Portugal e Espanha. Além disso, somos abençoados pelas águas do majestoso Rio Paraguai, que atraem pescadores do mundo inteiro para o famoso Festival Internacional de Pesca Esportiva (FIPe), uma tradição que se mantém por mais de quatro décadas.
Nossa Catedral São Luís, com sua arquitetura imponente, vai além do que se espera de uma cidade interiorana, elevando Cáceres a um patamar de sofisticação cultural raro. Cada pedra do nosso Centro Histórico, cada casarão colonial, cada rua sinuosa conta um pedaço da nossa história. Permitir que esse patrimônio se deteriore não significa apenas perder edifícios, mas apagar capítulos inteiros da nossa identidade.
É neste contexto que apelamos para uma visão inovadora e flexível do IPHAN, que é o guardião de nosso patrimônio, para que coordene uma abordagem que permita a convivência harmônica entre o antigo e o novo. Imaginemos um centro histórico onde edifícios seculares restaurados com primor dividem espaço com estruturas modernas, criando um contraste visualmente estimulante que narra a história de nossa evolução como cidade.
Essa abordagem não apenas preservaria nosso legado, mas também atrairia novos investimentos, impulsionando a economia local e revitalizando o Centro como um polo vibrante para moradores e visitantes. É uma visão que honra nosso passado enquanto abre caminho para um futuro promissor. No entanto, o tempo joga contra nós. A cada dia sem ação, nos aproximamos de um cenário em que nosso Centro Histórico corre o risco de se tornar um espaço fantasma, esvaziado da vida e da energia que o definiram por séculos. É um cenário que não podemos permitir que se concretize.
Por isso, já convidamos o novo superintendente do IPHAN-MT, para visitar Cáceres e participar de uma reunião urgente com todos os envolvidos: representantes do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, Ministério Público Estadual e Federal, do comércio local, além dos proprietários dos imóveis dentro do perímetro de tombamento. Juntos, devemos desenvolver um plano de ação concreto e imediato.
Algumas propostas são:
- Criar um fundo especial para a revitalização do Centro Histórico, com contribuições públicas e privadas.
- Conceder incentivos fiscais a proprietários que restaurarem e mantiverem seus imóveis sejam eles tombados, históricos ou não.
- Desenvolver um programa de educação patrimonial para conscientizar a comunidade sobre a importância de nosso patrimônio arquitetônico.
- Formar parcerias público-privadas para uso sustentável dos imóveis históricos.
- Elaborar um Plano Diretor específico para o Centro Histórico que equilibre preservação e desenvolvimento.
Estamos em um momento decisivo da nossa história, e as escolhas que fizermos hoje ecoarão para as futuras gerações. Temos a oportunidade de transformar nosso Centro Histórico em um espaço vibrante, onde cultura, comércio e vida comunitária se entrelaçam. Para isso, é essencial a união de esforços entre os poderes constituídos, os setores de Cultura e Turismo, os proprietários de imóveis no Centro Histórico e todos aqueles que acreditam nessa causa. Somente ao transcendermos interesses individuais em prol do bem comum conseguiremos preservar e revitalizar esse patrimônio tão valioso.
Que as futuras gerações possam olhar para trás e reconhecer este momento como aquele em que escolhemos honrar nosso passado, valorizar nosso presente e construir um futuro próspero para Cáceres.
Por Wilson Kishi – morador do Centro Histórico de Cáceres e atualmente Secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico.
57 respostas
Amigo Kishi
Excelente o seu artigo pela preservação do Centro Histórico de Caceres
Muito feliz toda a sua abordagem
Esperamos que sua orientações encontre parcerias para revitalização desse imenso patrimônio histórico.
Situação muito triste e crítica, nossa história se acabando.
Parabens querido Kishi pela divulgacao do conteudo precioso que abordou nessa materia sobre a Preservacao do Centro Historico de Caceres, apontando as possibilidades e as superacoes: Recuos, Desafios e Avancos! Sao questoes muito importantes e complexas que demandam uma gestao tripartite a nivel: federal,estadual e municipal em parceria com a Sociedade Civil que juntos necessitam negociarem e chegarem juridicamente a um consenso bem definido da competencia, da atribuicao, e da responsabilidade que cabe a cada esfera e orgao governamental, principalmente o IPHAN, sobre a preservacao e reativacao desse Centro Historico tao querido, tao amado e cheio de referencias, memorias e historias da populacao cacerense e tbem dos que nela chegaram e foram acolhidos como filhos de Caceres.Somente assim,juntos,superaremos os entraves e as contradicoes que existem no cenario cacerense atualmente. com suas indefinicoes,desencontros nas interlocucoes e consequentemente o descompromisso, a falta de responsabilidade,ausencia de diretrizes e acoes efetivas a serem tomadas juntas por uma luta em prol do engrandecimento e prosperidade social,economica,cultural ,politica,afetiva do nosso querido Centro Historico de Caceres! Nos, cacerenses, vivemos em torno desse Centro que sempre pulsou a vida cotidiana do povo cacerense por todos esses seculos passados e ate hoje e nele foram tecidas : a identidade, a memoraria, o empoderamento do nosso povo! Facamos forca para preservarmos esse patrimonio da humanidade,unindo o passado ao presente e ao futuro e nao desativa-lo e correndo o risco de Caceres ser arremessada para outros espacos geograficos da cidade e assim perder sua identidade cultural, sociopolitica,economica,psicologica,afetiva.Espelhemos nas cidades e Centros Historicos reativados e prosperos dos Estados da Bahia,Minas Gerais,Goiania, e demais cidades do Nordeste que sao marcantes nas suas identidafes,memorias,pertecimento do seu povo, e prosperas, belas, e empoderadas no seus valores culturais, sociais,psicologicos,economicos,pioliticos. Onde se visualiza o passado convivendo com o presente e consequentemente com o futuro de forma esplendorosa e pungente!!!!Obrigada meu amigo Kishi por nos apresentar esse artigo tao importante para todos! Que Viva a nossa linda Caceres, Princesinha do Paraguai!!!!!!
Concordo plenamente.
Cáceres é uma cidade histórica nossa princesinha do Paraguai..
Que amo.
Parabéns Kishi, realmente Cáceres está precisando da atenção do IPHAN, um órgão que é complicado, rígido. Já trabalhei durante anos na área da construção civil e já acompanhei a luta pra ter acesso a eles, não são fáceis. Enquanto eles acham que estão preservando, na verdade estão degradando. Sei o quanto luta por cáceres, é um dos poucos que estão aí presentes, sempre ajudando, sempre acessível, correndo atrás. Espero que Cáceres tenha a atenção do superintendente, a nossa cidade merece renovar suas energias e valorizar suas belezas patrimoniais.
Sou CACERENSE, depois de prestar serviço no Exercito, fui estudar fora, passei 10 anos, fiz faculdade de Artes e mextornei um Artista Plástico, retornei para Cáceres-MT, porque toda a minha inspiração Artística é Caceres e o Pantanal, já rodei esse Brasil, e conheço 6 Países através do meu trabalho, vuajo muito mostrando meus trabalhos Artísticos, em todo lugar que chego, levo um pedaço de Cáceres-MT, que é uma cidade conhecida no mundo todo, pela sua localização pantaneira e beleza Cultural pelo Patrimônio tombado e Arquitetura Central, pelos belos casarões, a Majestosa Catedral e a vista do Cais da praça.
Não consigo entender o porque passa Prefeito , sai Prefeito, uns ficam por dois mandatos e não conseguem mudar, arrumar a cidade conforme merece, nosso patrimônio, Cultura, Turismo, saúde, até a Educação dos nossos filhos, pedindo mudanças, melhorias, modernidades, tem cidades, maiores, menores que Cáceres-MT, até em arrecadação e quando viajo percebo as melhorias dessas cidades, cada ano melhor, mais bonita, bem cuidada, fomos visitar a cidade de Pirinópolis (Goiás), onde desenvolverambum projeto de revitalização de uma avenida, a cidade sectransformou em um atrativo turistico Cultural, esse projeto era para ser desenvolvido em Caceres hà decadas atrás, mas a Prefeitura estava inadimplente e perdeu o Projeto. e quando chegamos na entrada da nossa cidade, já percebemos o descuido, um carangueijão que se tornou uma vergonha para cidade. Um trevo sem indicação que tem uma cidade linda a direita, uma avenida dupla com nome de um pássaro pantaneiro(talhamares) cheio de erros, buracos, suja e quem consegue chegar no centro, fica meio perdido sem saber pra onde ir, mas quando conseguem chegar no centro, todos ficam encantado com as belezas dos nossos casarões centenários a Catedral Sàk Luis, e o pantanal dentro da cidade, mas infelizmente 70% das casas em ruinas, prestes a desmorunar e sumir do mapa Cultural e Turístico, não consigo entender porque a décadas existem predios históricos que pertencem e podem pertencer a Prefeitura que estão fechados e abandonados, uns exemplos são a Fundação Cultural, o Museu Antigo, casa do Daveron, SEMATUR, o Clube Humaitá, UBSSC, alguns desses prédios existem projetos prontos para se transformarem em pontos Culturais para alavancar o Turismo, mas não aconteceu até hoje, sempre dependendo de ações e BUROCRACIAS DA POLÍTICA, sabemos que existe o IPHAN, que cuida do Patrimônio, graças a esse orgão ainda exintem e esses casarões estão em pé, mas precisa ser feito uma politica de negociação e de acordo para que desburocratizem as reformas restaurações, revitalizações desses predios tombados por esse orgão (Iphan), recursos existem, mas tem que saber fazer uma boa política para captar. NÃO cito nomes, mas acho que quem fica a frente da Administração é o responsável para melhoria da cidade.
CÁCERES-MT, precisa de um mapa e guias turistico, calçadas adquadas, sinalizações adquadas…
Parabéns Kishi, excelente matéria e torço para que dessa reunião as propostas saiam realmente do papel, pois é uma tristeza enorme ver o nosso patrimônio histórico, já a muito tempo abandonado, esquecido e com esse esquecimento indo também parte da identidade do nosso município.
Concordo em cem por cento meu nobre
Isso precisa ser mudado
Para o bem da nossa querida e amada cidade
Bora em campanha p isso
Kishi…O Abandono Do Centro Histórico é Triste.
O Órgão IPHAM, Faz Vista Grossa…A Anos.
Aproveitando…Cáceres-MT Necessita Com Urgência….De Cuidados Nos BAIRROS.
CÁCERES PRECISA DE SOCORRO.
Caro kishi, sempre venho dizendo que esse Ipham é só o famoso cabide de emprego. É uma vergonha o que fizeram em alguns imoveis ali no centro, nas rua Gal. Osório e operarios, colocaram alguns tijolos e chapiscaram as paredes e colocaram a placa do famigerado Ipham sabe-se la qunatos milhares de reais foram gastos ali. Quando não tinha essa entidade em nossa cidade o centro era bem mais conservado, após o tombamento tudo começou a ruir. Oremos para que alguma coisa seja feita ou em pouco tempo nada mais existirá!!!
Concordo. O Iphan não cuida. Descaracterização é o que faz quando retira janelas e portas. E coloca tijolos. O Governo Federal deveria criar um Financiamento para o Iphan fazer o projeto de restauração dos imóveis tombados. Pois só assim os proprietários teriam como restaurar e preservar seus imóveis.
Parabéns, Kishi, por provocar essa reflexão/discussão. De fato, é “um senso de urgência”, passou da hora de falar sobre esse assunto que tem ficado “debaixo dos tapetes”. Algumas ruas do centro da cidade têm perdido os seus encantos. Placas de VENDE-SE por todos os lados. Que as suas palavras ressoam e atinjam o objetivo prático desejado.
Em tempo: cito também meus bisavós maternos q também viveram e morreram no centro histórico ao lado da atual loja Mapili, bisa Tantagio Rondon e Oliva de Melo
Parabens kishi. Achei excelente seu artigo .. vc é secretário da prefeitura e tem experiência pública municipal e estadual.. mas sobretudo mora a vida toda no centro e como nós (eu e minha família.. pais tios avós e bisavós in memoriam) amam cáceres da forma q ela é tanto como a capital do meio ambiente como capital do patrimônio histórico de MT.. todos sabemos sobre a necessidade de ver essa questão da importância da conservação do patrimônio histórico como vital p caceres e nossa história.. mas infelizmente as gestões municipais istoricamente ainda não entenderam a importância dessa questão e parece q tem como foco somente o aumento de IPTU e o aumento da arrecadação . Essa questão tá sendo tão mal tratada pela prefeitura e com tantas injustiças e equívocos (como terem retirado a isenção de IPTU p imóveis com comércio e como misturar política social com política de patrimônio histórico = sendo q se deve incentivar c benefícios ficais as empresas se instalarem no centro pois são exatamente os comércios q trazem prosperidade e devem ser incentivados c isenção de iptu etc.. sem contar a escolha sem nenhum critériode algumas casas .. umas 40..e a exclusão de outras q muitas vezes são até mais antigas e historicas sem qualquer critério ou fundamentos técnico, violando gravemente o princípio da igualdade tributária, pois da isenção p uns e tira de outros sem qualquer critério ou justificativa) e que ta mais do q na hora de se pensar num novo regime jurídico bem feito p garantir q nosso centro não se transforme numa cracolandia como ocorreu em cuiaba e vai ocorrer em caceres (a saída do Banco do Brasil já evidencia essa tendência).. e sim daqui ha 20 30 anos possa ser uma referência como Pelourinho Ouro preto Parati GoiasVelho etc.. esse artigo do kishi me renova as esperanças por ver q não estamos sozinhos.. devemos sim brigar p q caceres evolua financeiramente mas sem abrir mão de seu principal patrimônio: seu povo,sua história , sua natureza e seu lindo e único patrimônio arquitetônico.. acho q da p as gestões da prefeitura daqui p frente tratar esse tema com mais cuidado e zelo e assim construir um pacto político e legislativo p premiar aqueles q cuidam do patrimônio e punir exemplarmente aqueles q ameacam.. lembrando q num regime jurídico bem feito vai garantir a conservação, o tratamento igualitário, a prosperidade financeira etc da cidade.. é isso q queremos e sonhamos.. falo e escrevo de coração e em nome dos meus bisavós (jose Bonifácio pinto de arruda e Adelina fanaia, q fizeram uma das construções mais antigas lindas e bem conservadas de Caceres em 1916 ao lado da Catedral, dos meus avós Barao e Irene, Jose da Lapa e Elina todos falecidos e enterrados em Cáceres e dos meus pais tios primos mulher e filhos).. obrigado pela atenção e parabéns novamente Kishi. Bruno homem de melo
Conheço essa história, porque participei diretamente quando Dir. Da Fundação Cultural de Cáceres no inventário para o Tombamento estadual na época, também fui diretamente o Criador da Cepth. Infelizmente os gestores públicos nunca reconheceram como entidade de Proteção e preservação do PH de Cáceres. Eu fiz a Doação de Docs que menciona isso pro Museu Histórico.
A cidade precisa de soluções que tragam crescimento da economia: novas empresas , mais empregos, menos criminalidade ,e cosequente bem estar social. Não de políticos profissinais, nocivos , viciados em viver as custas do município, com essas retóricas que nada acrescentam ao contribuinte cansado de tantas inutilidades.
Boa tarde! Parabéns, Cáceres precisa de pessoas como vossa autoridade.
Que bom ter tocado nesse assunto Kishi. Essa é uma preocupação nossa também, inclusive Hélio Maldonado colocou em sua proposta de campanha a vereador. Nós, cacerenses, que persistimos aqui, que temos histórias a contar, sabemos o quão difícil é ver o centro de nossa Princesinha assim, tombado (literalmente) e abandonado. Precisamos rever essa Lei do Patrimônio Histórico que só trouxe prejuízos para nossa Cáceres querida!
Engraçado qto tempo de vereador, vice prefeito, secretário, deputado estadual.
Agora vc kishi está preocupado.
Porque não deu voz quando estava lá.
Unemat sempre esteve presente buscando parcerias, onde vc estava?
Pra quem não conhece o IPHAN, acha que é simples e fácil resolver com eles. Vi o Kishi brigando sobre várias questões, muitas vezes até sozinho dentro da Câmara municipal. O centro histórico sempre foi uma pauta e preocupação que ele correu atrás sim, não é de agora. Agora ele pôde usar um meio de comunicação pra expor para quem nunca participou, ou foi atrás saber de mais informação. O problema de tentar resolver algo é exatamente esse, ao invés de tentar vir com boas ideias, as pessoas vem fazer relatos sem basamento. Espero que o novo superintendente seja realmente uma pessoa melhor, que saiba ouvir, e resolver a situação de Cáceres. Tenho certeza que essa é a maior preocupação dessa matéria, e não quem fez ou deixou de fazer. Não podemos perder tempo acusando, e sim resolvendo da melhor maneira, a civilizada.
Agradeço, e desde já, meu muito obrigado a você, Antunes, pela defesa em cima do comentário infeliz do Cícero. Eu, enquanto vereador e dos poucos que residia e ainda resido no Centro Histórico, SEMPRE participei das reuniões com o IPHAN e sempre manifestava contrário ao posicionamento radical que os técnicos tomavam, principalmente sobre os casarões e dos imóveis do entorno dos mesmos. Tive ainda uma discussão com o Dr. Felie, do MPF, enquanto esteve atuando em Cáceres. Questionei a ele se o meu neto, meu bisneto e o meu tataraneto teria que ver tudo o que estou vendo hoje, citando exemplo do prédio da sorveteria ao lado do Sicredi, da Praça Barão… ele (Dr. Felipe) disse que sim… que o prédio da sorveteria tem que ser preservado sempre com a mesma fachada de hoje, mesmo sabendo ele que não tem nenhuma arquitetura excepcional para ser preservada. Bem, como já disse para o Vidal, num dos comentários abaixo, o FOCO não é político e sim em pedir a uniáo de todos para salvarmos o Centro Histórico de Cáceres.
Se o povo, prefeito e vereadores encararem esse problema, investir e cobrar duro do IPHAM, a nossa Cáceres ressurgirá das cinzas com Pompa e Circunstância.
Excelente reflexão Wilson Kishi, precisamos tocar na ferida, precisamos agir, chega de burocracia se o poder púbico não faz, vamos unir forças com a população cacerense e trabalhar para resgatar o que está nos ferindo, nos distanciando das nossas culturas e tradições. Você tem o nosso apoio meu nobre amigo 👏
Perfeita colocação!está mais do que não hora agir em prol do centro histórico de nossa querida Cáceres , antes que seja tarde.
Meus pais chagaram em Cáceres no ano 91 e eu e minha família aprendemos amar essa cidade, aqui fomos acolhidos com carinho e recebidos com grandes oportunidades ,assim como muitos outros migrantes.
Me considero uma cacerense !
E é com amor que sonho e acredito no potencial dessas pessoas maravilhosas daqui e que vão olhar e agir com o carinho e respeito que nossa princesinha do Paraguai merece
Meu amigo Kishi, todas as vezes que retornei à cidade de Cáceres, sentia tristeza na alma. Andando pelo centro da cidade vi vários prédios antigos abandonados e alguns talvez até tombados pelo patrimonio histórico da cidade. Preservar a história não significa barrar o progresso, ao contrário, é o fortalecimento da nossa identidade. Cáceres tem muitas áreas para novas construções. É preciso que as autoridades assumam essa responsabilidade e o povo de Caceres também abrace essa causa. Um povo sem memória se torna um povo sem historia. Deixo uma boa dica aos políticos corruptos: parem de desviar o dinheiro do povo e invistam na infraestrutura e na preservação dos casarões históricos de Cáceres. Deixo o meu repúdio ao poder público por deixar de olhar com amor e zelo pelo pouco que temos da nossa história .
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Fiz um poema sobre isto:
Esdras Crepaldi
Ruindo casas
Caem telhados
Nas janelas abandonadas,
Que fechadas escondem o passado.
Portas empenadas se corroem
Na ferrugem dos cadeados.
Trancam a alma da cidade
Em tijolos amontoados.
Impedem a poesia das cores,
O perfume de amores
Trancados nos quartos.
Monumentos padecem.
Raízes que não seguram a história.
A imponência e arquitetura adoecem.
Um grito sem ecos.
O silêncio incomoda,
A omissão extermina.
Quanta dor nas nuas calçadas,
Nas ruas peladas,
Abandonadas por seus monumentos.
Range o adobe
Segurando caibros pendurados.
Fachadas da cultura em tormento.
Demolidas,
Engolidas pelo tempo.
Quantas sombras daquilo que foi luz.
Casarios.
Casarões.
Portais ruindo no tempo.
Ruídos do vento,
Que derruba a vida projetada,
Arquitetada.
Abandono do homem.
Onde estão as meninas
Debruçadas nos umbrais?
As crianças saindo apressadas?
E as senhoras nas calçadas?
Imagens da lembrança
Escondida nos quintais.
Conversas que ficaram perdidas,
Tatuadas nas paredes de adobe
E que agora caem.
Encobertas pelo mato,
Contrasta o verde e a flor.
Cáceres sem eira e nem beira.
Adornos esquecidos nos escombros
Daquilo que pulsou vida e hoje já se foi.
Restou a arte de Rafael Jonnier.
Esdras Crepaldi
Amigo kishi,
Excelente matéria!
Quero lembrar a iniciativa que tive em 2001 ao ser nomeada pelo então prefeito Aluísio Barros, p/ cuidar do patrimônio histórico de Cáceres.Idealizei fazer uma ação imediata, restaurando as fachadas dos imóveis tombados,cujo tombamento na época fora feito somente pela Fundação de Cultura do Estado de MT, abrangendo 37 casas e o perímetro do centro histórico.
A ação feita tinha a participação do proprietario do imóvel e da prefeitura, o proprietário pagando a mão de obra de restauração da fachada, e a prefeitura fornecendo os materias .Para o trabalho de convencimento e adesão do proprietário,eu pessoalmente o visitava em sua casa ,apresentando a ele o desenho com as novas cores da fachada e o valor da mão de obra a ser paga.
As cores escolhidas não eram as primárias, eram tons e matizes inusitadas, o que rendeu elogios da então Presidente do Comitê Brasileiro de Cores,e o recinhecimento da Embratur e da nossa população.Conseguimos em 2 meses restaurar as fachadas de 17 casas.
Em tempo, outro tema que aproveito a oportunidade p/ comentar, é a pavimentação central de Blokrets, idealizada e feita na primeira administração do meu pai ,Ernani Martins, no ano de 1966.Esse tipo de pavimentação foi na época escolhida, e poderia permanecer até os dias de hoje em perfeito estado de conservação se não fossem as obras de todas as Companhias de Água que passam, e não recolocam as peças de Blokret da forma adequada,num verdadeiro descaso .Isso se aplica também ao asfalto ,que igualmente não é restaurado adquadamente depois de aberto.
Existem muitas considerações que aqui poderia fazer sobre o assunto , as ações e omissões do IPHAN, que p/ a nossa tristeza , foi depois do primeiro tombamento ,o responsável pelo tombamento atual do centro histórico .
Sem dúvida foi um trabalho bem elaborado, o município tinha a sua responsabilidade a Fundação Cultural com sua Divisão de Patrimônio Histórico e a Cepth funcionava.
Se essa iniciativa Deus certo. Por que não continuar? Todos os outros prefeitos deveriam restaurar mais 17 casas.
Obs. : pena que a Ponte Branca não teve a importância e merecimento de ser preservada.
Acredito que temos sim que nos preocupar com a nossa história e de nossos ancestrais!! Mas não podemos somente querer mais do mesmo. Temos que criar mecanismos que possam, ao mesmo tempo que valorize, incentive e patrocine políticas públicas para a manutenção de nossa história, que outros elementos também possam estar inseridos em nosso sistema político que crie possibilidades de crescimento de fato em todos os aspectos. O município de Cáceres tem potencial em atrair investimentos para o turismo histórico e cultural, mas também, precisa criar mecanismos que acompanhem a atualidade. O que fica parado no tempo é água de poço e, mesmo assim, mesmo estando parado, há a renovação frequente da água devido a retirada rotineira para o consumo!! Será que tem que vir gente de fora para mostrarmos o óbvio?!
Parabéns Kishi! Acredito que a Câmara Municipal tem papel fundamental nisso.Tomar essa bandeira para si. Tornar nula essa lei que não deixa modernizar nosso patrimônio Histórico. Penso que o velho e o novo precisam andar juntos. Para que não tenhamos um centro Histórico fantasma no futuro.
Também temos que analisar o que é histórico e o que não é. Ex: Que história tem???
Essas casas sem a devida manutenção é morada de: Escorpiões, cobras, morcegos, vândalos etc….
Bom dia meu amigo Kishi. Concordo e comungo com sua preocupação, entretanto deixo aqui uma pergunta? Se antigamente esses imóveis eram muito bem cuidados como aqui já relatado, em um tempo que havia só a interferência necessária do Estado, o que será que está sobrando aí? Porque não deixa as pessoas cuidarem de suas vidas? Já temos código de Postura, Plano Diretor e a Prefeitura, que existe para cuidar dos assuntos inerentes ao dia dos cidadãos. Para que tanta ingerência? Na terra de Rondon temos uma tese; “Se três não fazem, diminui um”.
Minha modesta opinião.
Parabéns Kishi, falou tudo, te convido, como Presidente do CDL, caso queira se juntar a nós, fazer a reunião no auditório do CDL estamos a disposição e aproveitando o ensejo, temos uma reunião marcada para dia 04/02 às 19:00 hrs, com o centro comercial , para discutirmos vários assuntos, esta é estão convidados
O tombamento do Centro Histórico de Cáceres tornou-se um entrave ao desenvolvimento dessa área, devido ao marasmo do IPHAN, que não atua para uma preservação decente, nem permite a substituição dos antigos casarões por novos, modernos e seguros edifícios.
Preservar a história e a memória de nossos antepassados é vital e louvável, mas permanecer como está é um contra-senso, além de ser um risco para a segurança de pedestres, ciclistas, motos e veículos que circulam pelo local, pois a qualquer momento um prédio histórico desses pode desabar e causar danos irreversíveis a transeuntes, que não são os responsáveis por esse abandono.
Parabéns, Kishi, por sua análise, suas justas reivindicações e pela abertura desse debate que será muito proveitoso para nossa querida Cáceres.
Infelizmente por problemas de saude na família. hoje não resido mais em Caceres-MT, porém profissionalmente tive a oportunidade de participar de vários encontros e reuniões com varios órgãos e o inoperante IPHAN, que direciona os parcos recursos que recebe para Cuiabá
Meu querido irmão Kishi sua preocupação é extremamente importante e atual para o futuro de Cáceres-MT, porém a solução de tais problemas é de extrema complexidade por se tratar de um órgãos federal inoperante
Na minha humilde opinião, primeiro seria tirar Cáceres-MT da proteção do patrimônio histórico junto ao IPHAN, pois somente assim seria possível ainda algum mecanismo de resolução e mitigação para os prédios históricos, pois assim haveria a possibilidade de um TAC entre a administração municipal, proprietários e sociedade
Vamos salvar nossa linda Cáceres-MT do abandono histórico
Embora minha família seja oriunda do Nordeste, sou cacerense de nascimento e morador em Cáceres desde 1984. Lembro-me bem do que hoje é nosso centro histórico. Cheio de vigor, um espaço vivo em todos os sentidos. Quando ando por essas ruas sinto muita saudades desse tempo não muito distante. Como professor de história egresso da UNEMAT, encho-me de alegria ao ver iniciativa como esta do companheiro Kishi. Precisamos urgente fazer dessa iniciativa o começo de um novo amanhã ao nosso Centro histórico da nossa querida Cáceres.
Parabéns Secretário, parabéns!
Reflexão completa de como está e de como pode ficar o Centro Histórico, bela reflexão Kishi. Já que não existe recursos públicos para restaurar (mais um conto de fabula) tem que se fazer uma limonada deste limão. A Clara e outros já passou a receita, tem que se integrar o antigo com o moderno. Não sei porque aqui em Cáceres não pode, pois Curitiba/Pr, existe está integração e funciona muito bem.
A outra informação que existe, é que devido a ausência da presença do Estado (Governo) nas políticas públicas, e o abandono a nível nacional , hoje já se fala em Destombamento, ou seja fazer o que deveria ter feito no início, tombar apenas unidades e não perímetros que acabam inserindo terrenos e casas que não são históricas, está seria a melhor solução.
Esta na hora Kishi de vcs como Gestores públicos juntamente com a sociedade civil organizada engrossarem este grito de socorro, pois se continuar assim o futuro é sombrio.
Meu caro Wilson Kishi. Todas as vezes que retorno à minha cidade, sinto dor na alma. Preservar a história não significa barrar o progresso, ao contrário, é o fortalecimento da nossa identidade. Cáceres tem muitas áreas para novas construções. É preciso que as autoridades assumam essa responsabilidade e o povo de Caceres também abrace essa causa. Um povo sem memória se torna refém dos aventureiros.
Isso mesmo Wilson, não podemos deixar acabar nosso patrimônio.
Antigamente o centro histórico de cáceres foi palco de grandes encontro como exemplo evento cultural reunião de grandes empresas e outros acontecimentos não podemos deixar acabar com as grandes cultura da grande cáceres temos que chamar atenção de todos obrigado!…
Que esse clamor se transforme em aćões concretas. Temos q nos indignar e tomar atitudes sólidas e constantes. O antigo carrega história e é depositario da memória q fica, numa pacífica convivencia com o novo, como assegura Kishi. Parabens pela iniciativa, amigo. O IHGC pode/deve somar!!
Parabéns Kishi, super importante está sua observação e preocupação, um local tão lindo onde me apaixonei para morar por conta da beleza histórica. Banco de Brasil poderia doar o espaço para nossas ações culturais, literárias e de mobilidade turística para atrair visitantes e moradores, imagine se saísse a câmara também, sorte terem sensibilizado para não saírem, o espaço do centro conta nossa história. Preocupação importante que chacoalha novamente nossa união e força para juntos reivindicarmos soluções!
Parabéns ao Secretário ex Vereador ex Secretário Adjunto de Esportes e Lazer do Estado de MT. Falou nos seus comentários com propriedade.
Parabéns Kishi pela matéria! Um Grito de socorro! Ações precisam ser tomadas, com urgência. A memória deve ser guardada na integralidade, não apenas em documentos de papiro.
Plenamente, contigo e com a minha Cáceres amada. Desejo sabedoria e ação com resultado positivo. Sucessos nessa empreitada.
Kishi a sua preocupação com o Centro Histórico,é muito bom precisamos defender e conservar nossas histórias,nossa Cidade é Turística recebemos visitantes, todo dia,alguém tem que Cuidar e levantar a vós antes que tudo acaba senão daqui uns anos Cáceres não existe mais com suas belezas e histórias.
Parabéns pela matéria. É preciso deixar o saudosismo pra traz e fazer um compilado do velho e o novo. Aceitar que os tempos são outros. O progresso não pode de forma nenhuma ser impactado por pensamentos retrógrado. Se possível, cultivar e preservar as belíssimas obras de arte. Mas , acima de tudo separar o jóio do trigo, aceitando outras construções modernas pra substituir uma que é bela , porém sem condições de uso, impedindo o crescimento e o progresso da nossa princesinha.
Parabéns Ótima Matéria .O TURISMO DE CÁCERES ESTA NA UTI. precisamos de ações urgente.
Infelizmente isso acontece por falta de respeito e consideração aos “profissionais de Turismo” que tanto lutaram (1994) anos pelo COMTUR. 65 municípios indutores de turismo, capital nacional e estadual de turismo da pesca esportiva, efetivação do Plano Municipal de Turismo e Inventário turístico atualizado. Aliado a isso, a falta de Lideranças empresariais, prestadores de serviços e políticas públicas para o desenvolvimento da Cadeia produtiva de turismo no município…!!!
Não existe uma linha de crédito específica para restauração dos imóveis tombados. E os bancos não aceitam como garantia o próprio imóvel tombado para liberação de crédito para restauração!
Se não restaurar irá virar uma craco+landia! Isso que esquerda e a turma esquerdeopata deseja (PT e aliados) desejam.
É muito triste ver a situação que chegou o vibrante centro da nossa cidade. Ínvestimentos da iniciativa privada zerou ,tragédia an̈unciada.
Parabéns, Wilson Kishi, por essa reflexão tão necessária e bem fundamentada!
O Centro Histórico de Cáceres é um tesouro que carrega memórias e identidade, e sua preservação deve ser um compromisso coletivo.
Que essa mobilização traga ações concretas para garantir que esse patrimônio continue vivo e pulsante para as futuras gerações!
Parabéns Kishi faço das suas excelentes palavras as minhas e a sua preocupação procedem, espero que atinja as autoridades e a todos os filhos desta cidade que assim como eu a ama.
A quanto tempo isso já vem acontecendo e nada foi feito o Sr foi vereador dessa cidade por cinco mandatos e sempre está incluso no meio político e parece que agora acordou depois de mais de 20 anos mas ainda é tempo de fazer algo antes
uma parte venha a cair na cabeça das pessoas que transitam pelas ruas
Ao da e tempo vamos fazer alguma coisa??????? que
Caro Vidal,
Seu comentário partiu pro lado político e prova ainda que sabe pouco da minha atuação como vereador. Se tive 5 mandatosc consecutivos, de 1989 a 2008, foi porque tive o reconhecimento dos eleitores sobre meu trabalho. Tive sim vários embates com os técnicos do IPHAN, seja na Câmara, seja no Centro Cultural (ao lado da Caixa Econômica), seja na prefeitura e também na sede do IPHAN em Cuiabá, cobrando posicionamento deles que levava para o que estamos vendo hoje. Mas, não vou discutir aqui com você porque o assunto não é este. O foco é outro e não político.
Preclaro amigo Kishi. Compartilho sua dor em relação ao abandono do centro histórico de nossa cidade. Infelizmente esse órgão “IPHAM” tem sido omisso há décadas. Quiçá 2025 essa realidade muda.